O preço da gasolina voltou a ser motivo de preocupação entre os brasileiros no primeiro semestre de 2025.

Notícias sobre automóveis – Tábata Miyuki – Colunista
Nas últimas semanas, o valor do litro do combustível ultrapassou a marca de R$ 6,50 em muitos estados, com variações que chegam a mais de R$ 7,00 em algumas capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo.

A disparada tem gerado reclamações, protestos nas redes sociais e um impacto direto no orçamento das famílias.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o aumento é reflexo de uma combinação de fatores: a alta do petróleo no mercado internacional, a desvalorização do real frente ao dólar e os custos de produção e distribuição dentro do país.
Outro ponto de tensão é a política de preços da Petrobras, que segue a cotação internacional do barril, o que torna o valor dos combustíveis no Brasil altamente sensível a oscilações externas.
“Encher o tanque do carro virou um luxo. Tenho repensado até se vale a pena continuar com veículo próprio”, afirma Mariana Lopes, professora e moradora de Belo Horizonte.

Assim como ela, muitos consumidores têm buscado alternativas, como o uso de transporte público, caronas compartilhadas ou até a troca por veículos elétricos e híbridos.
Para especialistas, o cenário é preocupante. O economista André Castilho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), destaca que o aumento dos combustíveis tem um efeito cascata sobre a economia.
“Quando a gasolina sobe, o custo do transporte de mercadorias também aumenta. Isso impacta diretamente o preço de alimentos, roupas e diversos produtos do dia a dia”, explica.
O governo federal anunciou que estuda medidas para conter a alta, como a criação de um fundo de estabilização e a redução de impostos sobre combustíveis, mas ainda não há previsão concreta para mudanças. Enquanto isso, o consumidor segue arcando com os reajustes.
Com o inverno se aproximando e a possibilidade de novas pressões no mercado de energia, a tendência é que os preços continuem instáveis.
Motoristas e empresários permanecem atentos e esperançosos por uma solução que traga alívio ao bolso dos brasileiros.
