Durante a década de 1960, a relação entre as mulheres e a indústria automotiva era bastante limitada devido a normas de gênero da época. No entanto, essa relação existia de várias formas:
Fotos de mulher e Fusca – Tábata Miyuki – Colunista
Consumidoras e Alvo de Marketing
- As montadoras começaram a perceber o poder de compra das mulheres, mas ainda as viam como consumidoras secundárias, muitas vezes considerando que os homens tomavam as decisões de compra.
- Propagandas automotivas eram frequentemente voltadas para mulheres no contexto da família e do conforto, destacando características como facilidade de direção, cores e design mais “elegantes”.
- Algumas campanhas eram condescendentes, sugerindo que as mulheres precisavam de carros “fáceis de manobrar” e “simples de operar”.
2. Trabalho na Indústria
- Mulheres eram amplamente excluídas de cargos de engenharia, design e liderança na indústria automotiva.
- O trabalho feminino na indústria estava mais concentrado em funções administrativas, como secretárias e atendentes, e nas fábricas, em funções de montagem, principalmente em setores mais leves.
- Algumas mulheres conseguiram romper barreiras, como a designer Helene Rother, que já havia trabalhado para a General Motors nos anos 1940 e influenciou o design automotivo.
3. Influência e Pioneirismo
- Algumas mulheres desafiaram as normas e se destacaram no automobilismo, como Denise McCluggage, jornalista e piloto de corrida, que ajudou a abrir portas para outras mulheres no setor.
- Mary Anderson e Charlotte Bridgwood, que haviam patenteado tecnologias como o limpador de para-brisa automático, tiveram suas inovações amplamente adotadas sem o devido reconhecimento na época.
A relação das mulheres com a indústria automotiva na década de 1960 refletia as restrições da época.
Mas também mostrou os primeiros sinais de mudança, que se intensificariam nas décadas seguintes com mais mulheres entrando no setor de engenharia, design e até mesmo no automobilismo profissional.
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