O câmbio CVT (Transmissão Continuamente Variável) é um tipo de transmissão automática que funciona de forma diferente dos câmbios automáticos tradicionais ou manuais.

Revista mecânica – Tábata Miyuki – Colunista
Ele não possui engrenagens fixas, como em uma caixa de marchas convencional. Em vez disso, utiliza um sistema de polias e uma correia metálica (ou corrente) que permite variar continuamente a relação de transmissão.

Como funciona:
- Polias Variáveis:
- Existem duas polias principais: uma ligada ao motor (polia motriz) e outra às rodas (polia movida);
- Cada polia é formada por duas metades cônicas que podem se aproximar ou se afastar, mudando o diâmetro efetivo da correia que passa entre elas;
- Correia Metálica ou Corrente:
- Conecta as duas polias;
- Quando uma polia aumenta de diâmetro, a outra diminui, mudando a relação de transmissão de forma suave e contínua.

- Relação de Transmissão Infinita:
- Como as polias ajustam seus diâmetros continuamente, o CVT pode manter o motor na rotação ideal para desempenho ou economia, sem “trocas de marcha” perceptíveis.
Vantagens do CVT:
- Maior conforto: Transições suaves, sem trancos nas trocas de marcha;
- Eficiência de combustível: O motor trabalha na faixa ideal de rotação;
- Desempenho otimizado: Melhor aproveitamento da potência do motor.
Desvantagens:
- Sensação de dirigibilidade diferente: Como não há troca de marchas, alguns motoristas acham a resposta do carro “estranha” ou “borrachuda”;
- Custo de manutenção: Pode ser mais caro para reparar ou substituir em caso de defeito;
- Desgaste da correia: Se não for bem mantido, o sistema pode ter desgaste prematuro.

Simulação de marchas (CVT com modo manual):
Alguns veículos com CVT simulam marchas fixas (geralmente 6 ou 7) para oferecer ao motorista uma experiência mais próxima de um câmbio convencional, mesmo que essas “marchas” não existam fisicamente.